quinta-feira, 30 de outubro de 2008
Omo lava mais branco
Soneto da Batalha
Do peito que estala e se destroça
Sai o vazio transformado em corvo
Voa para longe e olha-nos com troça.
Os aldeões, do orvalho estremunhado
Desenterram os escudos ferrugentos.
Juntam-se, por instinto, em quadrado,
De frente para os quatro ventos.
O Homem não nasceu p’ra guerrear
Pois a Morte vem mansinho, não avisa,
E o menino chora e chama pela mãe.
Sangrando o aldeão, filho do Mar
Espera a tempestade numa brisa
Mas não olha para trás. Não há ninguém.
Camellia sinensis (2)
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quarta-feira, 29 de outubro de 2008
O entalanço
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Os macacos
O grande naturalista Franz de Waal estudou na segunda metade dos anos setenta uma colónia de macacos no Jardim zoológico de Arnhem. Outros o fizeram antes e outros o farão depois. Do relato ficam os nomes deles, Nikkie, Yeoren, Luit, Mama, Rosjie, Puits. Parece que, depois de Luit ter morrido, quando exibiram um filme antigo à macacada, de novo a “audiência” mostrou sinais de amor e ódio ao “ressuscitado” da tela. Puits gostava muito de Waal porque este lhe ensinara a dar o biberão ao seu macaquito, coisa que foi a primeira vez que tal se conseguiu em cativeiro. Ler aquelas páginas e ver as fotografias de animais tão individualizados faz-me sentir um assassino, quando matei por sadismo, um gatito, em miúdo. Os animais são gente. Todos os animais. E as plantas também. E as pedras que cantaram quando Jesus passou. E nós não somos macacos. Somos apenas outros, ainda surdos para perceber o que os macacos recordam de nós, ou os pássaros, embora a ecologia nos permita muito primitivamente ver o que elas, as pedras, pensam de nós. Mas uma coisa sabemos: é que, num instante, pode sair um leão, cá de dentro, ou morder uma serpente, ou emergir um crocodilo. Um destes dias, o tratador do ursinho Knut morreu de repente na banheira. Que terá o seu coração sentido dessa estranha sinfonia sem som que foi a sua cabeça encostada à do urso, para todos vermos? Que Espírito o levou?
Pelo menos uma coisa sabemos: não acreditemos muito nas imagens que fazemos de nós, porque elas podem turvar-se num instante. A noite pode trazer demónios, como a manhã trouxe anjos e, por isso, não desprezemos o devoto que reza continuamente. Aquilo que podemos dizer a uma sociedade quando a multidão nos ouvir entusiasmada, não pode ser muito diferente daquilo que dizemos à sombra obscura, na solidão, neste caminho tão longo, em que pouco somos mais que uma formiga, com jeitos de cigarra... peço ao céu que o Dalai Lama não revogue a sua política de infinita paciência.
André
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Ganda Chrome!
Tábua de marés (6)
Concepção, encenação e interpretação: Jens Altheimer (http://leocartouche.com)
Pequeno Auditório do TMG, 17 de Outubro de 2008, 21h30
O espectáculo veio encerrar a edição deste ano do Festival de Teatro Acto Seguinte, que decorreu no TMG. O seu criador, Jens Altheimer, aliás, Leo Cartouche, começou a sua carreira artística como malabarista, no início dos anos 80. Altura em que também se iniciou no teatro de rua. E não foi impunemente. Mais tarde haveria de reunir estas duas formas de expressão artística num único conceito de espectáculo. Em 1987, fixa-se em Portugal, onde é professor no Chapitô e pioneiro do Novo Circo, de que a criação da “Sem Rede - Rede Nacional de Programação de Novo Circo” é um exemplo. O denominador comum das suas propostas é, como se disse, a busca de uma linguagem onde as técnicas do circo e do teatro se fundam, dando origem a espectáculos estimulantes. Na sua última produção, “Survivor”, fixou-se num único tema: um concurso televisivo. Nesse trabalho carregado de humor negro e irreverente, ao mesmo tempo trágico e cómico, consegue criar uma sátira às relações sociais baseadas nos níveis de rendimento dos indivíduos. Que, por sua vez, encaram os programas televisivos como o que é recriado na peça como referências supremas, relativamente à sua vida quotidiana. Pois bem, em “Quadrar a Roda” o autor reincide no objecto narrativo. Pretende igualmente promover uma crítica bem-humorada à arbitrariedade e ao absurdo, num universo onde as relações humanas estão cada vez mais mediatizadas por máquinas e sistemas telemáticos. Aqui, depois de várias peripécias, o protagonista entra numa área de acesso reservado, mas que também poderia ser a sua casa. E é imediatamente compelido a participar num jogo/concurso com várias fases e onde o grau de dificuldade vai aumentando progressivamente. Todavia, o herói consegue desenvencilhar-se sempre das dificuldades. Recorrendo, inevitavelmente, a uma habilidades operadas com maquinismos singulares, surpreendentes. Construídos a partir de vários materiais reciclados para a sua nova função. E onde o herói nunca deixa de ser uma espécie de Mac Gyver clownesco. Com uma solução pronta e engenhosa para cada novo desafio. Talvez o autor tenha querido ridicularizar o espectáculo na sua dimensão política. Os sinais estavam lá. Mas seria preciso mais. Porém, conseguiu atingir um objectivo artístico: Colocar em evidência a forma como a máquina atirou os indivíduos para fora do espaço natural onde constroem a sua humanidade. Como se deixassem de ser actores do seu próprio destino e de poder ler os objectos e maquinismos à sua volta, dos quais dependem. E assim ficassem diminuídos, padecendo de uma espécie de iliteracia técnica. Mas o autor mostrar que esse processo pode ser reversível. Graças ao seu engenho reciclador, a uma capacidade de improvisação que tem tanto de teatral como os artifícios expressivos têm de circense, Altheimer conseguiu repor o homem no centro. Afim de poder dominar os instrumentos de que se serve para viver. E para se divertir. Até porque tudo o que constitui o espaço cénico, maquinismos fixos e móveis, está lá literalmente para que ele se sirva deles. Num processo de reconstrução mútua. Noutro plano, já mais no que diz respeito à interpretação, pareceu-me que, por vezes, o autor abusou do circo e esqueceu-se do teatro. Nomeadamente, no prolongamento excessivo do malabarismo com as bolas. O que retirou algum ritmo ao espectáculo, mesmo que os danos fossem mínimos. Juntando malabarismo e manipulação de objectos ao movimento e interacção com o público, Altheimer abre a porta a um universo estranho e bizarro, e também muito pessoal, onde reinam o perigo, amor, ambição e riso, grandes falhas e pequenos triunfos. Sobre este trabalho, poderia concluir desta forma: Vamos ao circo? Claro! Vamos ao teatro? Também. E ninguém se enganaria.
Tábua de marés (5)
Revista trimestral
Director: Ricardo Paulouro
Edição: Associação Cultural A.23, Fundão
Desde o primeiro número que esta publicação me chamou a atenção. Por várias razões, como é costume dizer-se: o excelente grafismo, a variedade dos temas abordados, uma notável coerência editorial, o enfoque nos temas regionais e nas personalidades oriundas da área, mas sem impedir que o grosso da atenção vá para temas culturais nacionais e internacionais, fotojornalismo e reportagem/ensaio. A escolha sempre foi ampla, como se adivinha. Neste número, vários pontos altos poderei realçar. Começo pela notável série de fotografias de Paulo Nunes dos Santos recolhidas na Geórgia durante o recente conflito militar ocorrido naquele país. Imagens pungentes, onde o autor revela uma apreciável maturidade. Em seguida, chamo a atenção para a crónica de Rita Barata Silvério, autora e blogger, cujos textos já tinha seguido com atenção na saudosa revista “Atlântico”. Este chama-se “Spain is different” e fala-nos da forma como deveríamos recolher ensinamentos da forma como os espanhóis defendem e promovem os seus produtos autóctones diante de Bruxelas. Assinalo também uma interessante reportagem/ensaio intitulada “O país sanitário visto do balcão da taberna”. Um exemplo das potencialidades do chamado jornalismo literário. Trata-se de uma incursão do autor por tabernas e similares do Fundão e arredores, com uma divertida arremetida por Ciudad Rodrigo. Na secção entrevista, aparece-nos Jorge Palma no seu esplendor. Uma peça onde o músico fala de si, sem rodeios, num plano temporal alargado. E onde tomei conhecimento de que, no seu último álbum, incluiu um tema, “A Velhice”, criado para uma sublime peça teatral a que pudemos assistir recentemente do TMG: “Começar e Acabar”, de João Lagarto, a partir de textos de Beckett. Uma nota final para uma reportagem de fundo sobre a história atribulada do Grémio Lisbonense (Jangada de pedra no naufrágio da baixa”) e, já agora, de uma receita de "Bacalhau com Broa". A qual já está, nesta hora, devidamente arquivada…
Ferida de Outono
Pois bem...o mal de eu estar a falar nisto é que estava para começar por dizer aquilo que o bispo de Cantuária disse quando saiu a defender um padre acusado de ser “gay”: “eu próprio nunca soube bem a minha sexualidade, embora, quer os senhores telespectadores acreditem ou não, sempre levei uma vida casta”. Pois bem...o corpo, a alma e a afectividade de um ser humano são moldáveis. Até há quem ache que é normal meter-se sexualmente com meninos e meninas (pode ser na Tailândia), ou até com bébés, quem ache que matar e arrancar órgãos palpitantes ou até beber o sangue dos inimigos, é...não direi normal, mas é “natural”. Há quem diga que a situação faz o comportamento e conclua, que, no fundo, podemos ficar nos braços dum tal Fado, que “é assim”. Enfim, com Haider ou sem Haider, com Hitler ou sem ele, de repente estamos todos a falar daquilo que os mercadores de obscenidades dizem ser um direito do mercado. A confiança é a de que tudo é admissível porque o que é, “é assim”, é Lei. Nisto tudo se perdeu o Amor, o Amor do Coração, que é humilde e tudo suporta, o amor que ficará no fim dos tempos, quando a Fé e a Esperança morrerem. Agora percebo porque é que o baixito e ridículo fascista, Starace, que insistia em fazer crosses pelas ruas de Roma, tomada pelos guerrilheiros comunistas, quando foi preso, lhe perguntaram o que andava a fazer e disse tranquilamente: “Ia tomar um café”. E quando o levaram a reconhecer o corpo espancado do seu camarada Mussolini disse apenas: “ É o meu Duce” (vê-se agora porque é que alguns desesperados escreveram na parede contra a qual foram metralhados: “Dux, mea Lux”). Aos que se entretêm a assassinar Haider, em vez de o vencerem, também digo, de punho bem cerrado: “Vou tomar um café”. E quando o punho cerrado se estender ao sol de mão aberta vejam como um águia, atacada no ninho, levanta as asas.
domingo, 26 de outubro de 2008
MEC de novo
sábado, 25 de outubro de 2008
O grande equívoco
PS: à medida que a campanha avança, os alinhamentos dos opinion makers da casa nesta eleição vão confirmando a minha aversão em relação a Obama. Agora foi a vez de Júdice, - esse tarefeiro multiusos do regime, exemplo de coerência e honestidade intelectual, para quem Portugal "é um país de merdosos" (sic) - vir tecer loas ao candidato democrata. Há momentos em que as escolhas se tornam escandalosamente simples: se Júdice gosta, então eu não gosto. Ponto.
Ana
Eu sei que o Porto é vertical como um penhasco e que anjos lutam todas as noites e caiem do topo da Torre dos Clérigos. Sei que, como os cães continuam a percorrer o mesmo caminho nocturno onde agora passam auto-estradas, assim, quantas mais pontes, mais as ilusões de voo e a vertigem quando o crepúsculo se suja. É curioso que a Torre em Lisboa, que alguém mandou vedar, não se chame “Torre de Santa Injusta” e penso que o bondoso oficial da Câmara que deu a ordem de a segurar tinha, certamente, um coração que chora.O meu coração sangra. Ana, morreste em vão? Quem se preocupou com o teu coração de adolescente, a tua “roupa interior” de adolescente? Agora vejo o teu cabelo, penteado pela corrente negra do Douro e lembro-me da frase do Evangelho: “não há uma pedra onde o filho do Homem possa descansar a cabeça”. Ana, não estarás cá para mais esse dia de Esperança, quando rebentarem os foguetes por elegerem um jovem frágil para Presidente do país mais poderoso da Terra. Haverá outros dias de esperança e outras esperanças goradas, mas tu já não estarás cá. O meu coração continuará a sangrar, talvez tenha um dia de alívio da dor, imaginando que as pessoazinhas descartáveis como tu, Aninhas, bombardeadas por filmes, por ritmos como comboios de alta velocidade sobre a cabeça, com jogos de computador, drogas e navalhas, tenham um dia, em vez de um universal caixote do lixo, um bocado de amor. Um bocado de atenção que se faça sentir como um prado verde iluminado pelo sol, como a erva do chão – humilde pois toda a gente a pisa, e orvalhada de lágrimas – se faz sentir sob os pés nus, os pés de Jesus, roto e nu, ressuscitado dos mortos...
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
A tarde de um escritor
Poesia às quintas
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Os Capitalistas
Eles comem tudo…chamam-lhes os „takers“, os que „levam“, tudo, nos mares do Sul. E não são os ricos, pois ricos e pobres haverá até ao fim dos tempos. São aqueles que vivem do consumir, do ter mais, do competir, dum novo poder a seguir a outro poder. Até os ditos anti-capitalistas, os de Esquerda, que gostam também de consumir e de Poder, gostam sobretudo de consumir a vingança e, quando põem em prática as suas teorias, à custa de muito fuzilamento e massacre, electrificam o céu, queimam os lagos e matam as florestas, põem todos a marchar, escravizam-nos até morrerem de exaustão. Ah, deixem a pobre macaca, gritar desolada com o seu filhinho morto no regaço, deixem o pobre infeliz com a sua grandeza à beira do penhasco.Por isso tenho tanta esperança em Obama. Levará um tiro como o doente Kennedy? É mais justo interromper uma campanha para ver a avó doente que por causa da crise das bolsas. Fossem todos os especuladores ver a avó e não estaríamos assim! Eu sei que não haverá Justiça no Mundo para os desafortunados, mas de vez em quando há Esperança que é o Domingo dos pobres. E gosto deste homem, frágil e bonito, que abre as mãos grandes como quem vai lançar uma bola de basquetebol, que vem dum meio pobre de vãos de escadas e pretas gordas, de soldados rasos do Iraque, de gente sem raiz, nem origem, de gente descartável, gosto da sua magreza frágil e do seu rigor emocional. Como um iluminado de Alá na África pelada, dos griots e dos sadus, com o seu nome de Hussein que morreu a proteger o filhinho, com a sua legitimidade de Príncipe, na batalha de Kerbala contra islâmicos mais espertos que ele. E gosto do seu nome Barack, que quer dizer “abençoado” em hebreu. Ôba!, Ôba!, Abba, Abba (Pai!Pai!), como cantam os filhos dos escravos na suas procissões de Sol, do outro lado do mar, onde foram naufragar. Preto e índio sou eu, preto do Mundo, índio do Mar, agora que vem o general vodu, disfarçado de preto, para apontar o cano dos senhores das armas ao crânio gentil e frágil de Obama. Esperança, sim, do povo “Jah” de chegar à Sião de ouro onde as forças do mal não têm força porque até Maomé disse que Deus deu à gente do Preste João 9 décimos da coragem do Mundo. Talvez tu, Malcom X, tenhas agora paz, que bem a merecias e nunca a tiveste. Oxalá!
Tábua de marés (4)
Produção: Mundo Perfeito e Teatro Maria Matos
Grande Auditório do TMG, 20 de Setembro de 2008, às 21h30
Tábua de marés (3)
Publicado no jornal "O Interior", em 16.10.2008
domingo, 19 de outubro de 2008
Na morte de Jörg Haider
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Zincos
Lido
"se não tivesse nascido uma plataforma chamada “blog”, a nossa imprensa, rádio e televisão seriam hoje bem mais pobres, com os nomes e as caras do costume, enquanto um generoso numero de talentos andaria pelos cafés, pelas universidades e lá por fora a tentar rentabilizar o seu conhecimento e sabedoria. A oportunidade que o meio blog constituiu para a nova geração de jornalistas, comentadores, opinion makers, é algo de extraordinário..."
A água benta
Vanitas
Nota: quando clicar no link, não maximize nunca o ecrã. Deixe-o ficar no tamanho inicial.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Notícias sem importância
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Já falta pouco!
A feira
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Doclisboa 2008
Mais informações na página oficial do evento, onde poderá ser descarregada a programação em formato pdf.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Lido
"(...)sempre me agradou mais a sua prosa: considero Passos em Volta um livro fundamental na minha vida – e sei o risco que corro ao utilizar o adjectivo. No entanto, não posso ficar indiferente a todo o aparato criado em redor de mais um livro seu. Na verdade não se trata de um novo livro: é uma súmula com alguns inéditos. Quem tiver Poesia Toda e Ou o Poema Contínuo tem os poemas de Herberto Helder quase na sua totalidade (e repetidos!). Mas a ideia que se passa ao leitor desprevenido – caso existam leitores desprevenidos de Herberto Helder – é que está na presença de um novo livro do poeta, quando na realidade isso não acontece."
Ler aqui o texto completo. E, já agora, uma excelente reflexão sobre o tema, de João Camilo.
U qui diz mulelo (3)
Tábua de marés (2)
Kazuo Ishiguro, Gradiva, 2005
Tábua de marés (1)
"Ópera"
O mobbing dos remediados - 3
domingo, 12 de outubro de 2008
A luta continua
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
A promessa
Que serão da matéria da noite
Promete-me palavras de ar, de saliva ou de sangue
Inteiras e nuas como a alma
Derramadas na pele como luz ou música
Palavras que possa guardar em mim
Como uma memória ou um filho
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Ainda a massa ou a falta dela
O corpo discente
O primeiro site pornográfico legal em Portugal com enorme volume de vídeo pornográfico e com raparigas patrióticas. Alunas portuguesas únicas no género. Diferentes tipos de pornografia. http://sexygirlschool.com *
*calma, rapaziada, o link é fictício.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Ambrosivs
1º foi finalmente viver com a patroa (nunca este termo se aplicou com tanta propriedade);
2º foi comprar tabaco, sendo depois visto a rondar uma escola secundária com uma caixa de bombons;
3º dedicou-se à pesca e usa meias brancas;
4º casou com a criada e corta as unhas à janela, enquanto olha para o decote da vizinha de baixo;
5º tornou-se assessor artístico da patroa e é frequentador de leilões;
6º explora um salão de jogos e tem umas "gaijas" a render.