terça-feira, 23 de julho de 2013

Morada actual

Agora estou aqui. Obrigado.

Mais uma volta, mais uma viagem

E pronto, chegou a hora do fecho. Tinha que ser. Ao longo de seis anos, este blogue foi essencialmente uma aventura partilhada. Um lençol estendido para a jornada. Uma janela com vistas largas. Pessoalmente, foi sobretudo um ginásio para exercitar a escrita, a invenção. Sem esteróides, naturalmente. E um prazer. Que nunca deixei de anunciar aos sete ventos. Não haverá lágrimas, nem despedidas. Até porque, tendo estado parado nó ultimo ano, já ninguém lha dará pela falta. A jornada é longa e outra etapa vem a seguir. Esta. O viajante agradece. Até sempre! 

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Já em Ítaca...

De mansinho, o regresso. Evanescente. Palavra usada para trocar as voltas ao corrector. Que não a reconhece. Toma, toma! Alguns já dormiam tranquilos, aconchegados num putativo encerramento do estabelecimento... É verdade, vá lá, temos que admitir! Mas o sossego acabou, vates suspirantes da paróquia! Territoreantes comuns! Conviventes do encantamento! Grandes inquietações aí vêm. Tranquilos! Não vou entrar pelas extremas de ninguém. A propriedade é sagrada! Ainda mais a simbólica. E há que ter um módico de humildade. Porém, é sempre esta inquietação, este delírio cinzento! Que só conhece um caminho, a luz. Insectívoro, noctívago. Noites vagantes, garras prontas...

terça-feira, 27 de março de 2012

Germinal

de 21 de Março a 19 de Abril

segunda-feira, 26 de março de 2012

Vento

Só a música define o indefinido, sem ele deixar de ser indefinido; e a matemática calcula o que permanece incalculável; e a poesia canta o silêncio, que se conserva silencioso.

Aforismos, Teixeira de Pascoaes, selecção e organização de Mário Cesariny

terça-feira, 20 de março de 2012

Um chá no deserto

Após ter dado conta do desaparecimento do blogue intitulado "Guarda Erótica" e de o nome ter ficado disponível, não pensei duas vezes. Ou seja, reservei-o de imediato, pensando em usá-lo para eventuais projectos futuros. O blogue assim criado está naturalmente vazio. No entanto, pasme-se, já tem dois seguidores!!! Pensei então em convidar os meus leitores a enviarem pequenos anúncios imaginários, mesmo até de carácter poético, ofertando serviços eróticos, que depois serão publicados no blogue. Fica o desafio.

sexta-feira, 16 de março de 2012

O Plano B

Há dias, alguém me questionava acerca da minha profissão de fé de ter sempre um plano B para tudo. Como se tal facto tivesse atrás de si uma suspeição permanente lançada aos outros. Nada disso! Pela parte que me toca, logo à partida existem duas vantagens em jogar dessa maneira. A primeira é de ordem essencialmente prática. Procede daquela ideia tributária do cinismo, que consiste em "esperar o melhor, mas contar com o pior".  E não há aqui qualquer juízo de valor. Perante a evidência, nada melhor do que estar preparado para ela. Ora, se a realidade não é confiável, se os outros nos poderão surpreender a qualquer momento, a única forma de encarar o facto com naturalidade é precisamente confiar nessa tendência. Com agilidade. Sem dramas. A outra razão é de ordem filosófica e, aparentemente, mais obscura. Tem a ver com a necessidade permanente da desidentificação. Ou seja, com a capacidade de não fazer depender a nossa realidade das nossas circunstâncias. De saber despojar-nos delas. De não fazer depender uma certa plenitude dos objectos familiares que, supostamente, a confirmam.  Tudo está e depois deixa de estar. Ou vice-versa. E onde entra o plano B? É simples: actuar permanentemente como visitas ou visitados. Saber ficar aceitando o que é, estando ou não.