quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Carrossel

Manual de instruções básicas

A realidade tem-me ensinado que, regra geral, só podemos contar connosco para o que realmente interessa. O mesmo é dizer, quando agimos no interior da nossa estranha singularidade e nas respostas sempre precárias ao sagrado, à maneira do capitão Ahab. A empresa de levar a cabo tão exigente tarefa exige algumas precauções. Aqui ficam pois as usanças de um homem prevenido que, assim, talvez valha por dois: 

Para iniciados
Regra nº 1: nunca admitir cegamente que os outros cumprem o que prometeram; 
Regra nº 2: desconfiar de ambiciosos mansos, sonsos e narcísicos; 
Regra nº 3: ter sempre um plano B; 
Rregra nº 4: ter sempre um plano B para o plano B.
Para os mais experimentados:
Regra única: nunca ter um plano.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Ventoso

De 19 Fev. a 20 Março

Mainada!

Criar, agir fora dos circuitos e das capelinhas tem os seus custos, ai se tem. Não porque se queira assim, mas não nos deixam alternativa. Sobretudo se se demonstra um pensamento organizado, iconoclasta, autónomo, aberto. Todavia, pouco dado à cedência e à genuflexão diante da autoproclamada superioridade moral dos esquerdistas bem pensantes. Os tais que clamam contra o pensamento hegemónico, mas que no fundo criaram um universo exclusivo, a preto e branco, estático, com senha e contrasenha. Não obstante, como sempre, o último a rir...

Stalker

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os povos quando s'alevantão

O decano da música Mikis Theodorakis fez-nos chegar recentemente uma mensagem do Além. À primeira vista, poderia ser confundida com um remake do enigma da esfinge.  Ou uma transmissão em código. Ou um mandamento bíblico que ficou esquecido durante uns milénios em alguma caverna do Sinai. Doce engano. O homem falou mesmo a sério. E disse esta coisa impressionante: "Se os povos da Europa não se levantarem, os bancos trarão o fascismo de volta". Ups! De imediato, as redes sociais replicaram a ideia com fervor. As bandeiras agitaram-se. O Doutor Louçã ergueu-se do sofá como um gato pronto para a caçada. O Professor Rosas arrumou os tarecos, alguns livros, incluindo as obras completas de Engels, calçou as botas de caminhada e contra o "façizmo" gritou "presente!". Um frémito percorreu as almas dos humilhados e ofendidos, dos seus amiguinhos irreverentes da melhor extracção burguesa, uns bacanos esquerdalhos muito bem na vida, nunca andaram à procura de trabalho, (alguns com gestor de conta dedicado e tudo, coisa que eu nunca tive). Uma euforia inusitada invadiu os saudosos das massas marchando contra o capital, devidamente pastoreadas, é claro. Ou seja, uma iconografia museológica pintada de vermelho, onde a História se precipita, avassaladora, e acaba nesse preciso momento. Imagino os "povos da Europa", do Atlântico ao Báltico, erguendo-se devagar, empunhar um estandarte, cercar os bancos, capturar os banqueiros, essa "escumalha exploradora", defenestar alguns, lançar outros pela janela (como o bom povo de Lisboa fez com o respectivo bispo, em 1383, empurrando-o do alto da torre da Sé), enxovalhar outros tantos, e por aí adiante. Os "povos" estariam assim vingados, ressarcidos do que lhes foi sempre negado. Uma estranha harmonia ficaria a pairar no céu. Os "façiztas" tiveram o que mereciam! Os "povos", essa mistura de Babel, seriam ungidos pela História. O arauto decerto comporia uma banda sonora para tão épico momento. 10 000 anos de felicidade ao virar da esquina não é todos os dias, verdad?...

Hei, ainda aí estão? Só faltou dizer que o Mikis, um "camarada" dos sete costados, recebeu em 1982 o prémio Lénine da Paz, o qual lhe foi atribuído nesse ano. Perceberam, ou é preciso fazer um desenho?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Seis em um


Pablo Aimar assinou ontem por mais uma época no SLB. Nem podia ser de outra maneira. O Benfica precisa dele da mesma forma que o Mago, atendendo à idade e capacidade física, não consegue ter a visibilidade e a proeminência que tem na Luz em nenhum outro clube. Portanto, o casamento perfeito, sem pompa, mas com circunstância. E pronto, como o momento é de júbilo, tinha que vir a frase. Em 1984, Italo Calvino foi convidado para um ciclo de seis conferências na Universidade de Harvard. Os textos (com excepção do último, pois o autor faleceu antes de o criar) foram depois reunidos num volume intitulado "Lezioni Americane - Sei proposte per il prossimo milennio" (Palomar, 1990). A edição portuguesa, com o título "Seis Propostas para o Próximo Milénio" apareceu em 1993, sob a chancela da Ed. Teorema. Um desses exemplares, com capa cartonada de cor bordeaux, é uma das pièce de résistence da minha biblioteca. E quais são os temas das propostas? Pois bem: leveza, rapidez, exactidão, visibilidade, multiplicidade e consistência. E qual é a frase? Aqui vai: são raros os que, no futebol, conseguem reunir, de uma assentada, os seis desígnios de Calvino. E quando esse alquimista joga no meu clube, então, cumpriu-se o sonho.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Da língua portuguesa

Ao contrário do que a propaganda dos promotores do Acordo Ortográfico e o anterior governo quis fazer passar, este suscitou o mesmo tipo de objecções e críticas também no Brasil. Quer porque lá sabem muito bem que a unificação da língua é uma fantasia, quer porque os interesses que beneficiaram com o acordo estão lá melhor identificados do que em Portugal, quer porque a consciência de que o Estado não se deve intrometer nestes domínios é comum. A propósito, transcrevo um excerto de uma entrevista conduzida e publicada no blogue "Tantas Páginas" (CLP, Universidade de Coimbra) e que pode aqui ser lida na integra. Paulo Franchetti é o entrevistado. Trata-se de um crítico literário, escritor e professor titular do Departamento de Teoria Literária da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp):

TP. O que acha do acordo ortográfico? Acha mesmo que, como dizem os editores portugueses (e muitos intelectuais), o acordo foi uma gigantesca maquinação brasileira para permitir que os livros brasileiros entrem livremente no mercado português e no africano, acabando com a indústria portuguesa do livro?
PF. O acordo ortográfico é um aleijão. Linguisticamente malfeito, politicamente mal pensado, socialmente mal justificado e finalmente mal implementado. Foi conduzido, aqui no Brasil, de modo palaciano: a universidade não foi consultada, nem teve participação nos debates (se é que houve debates além dos que talvez ocorram durante o chá da tarde na Academia Brasileira de Letras), e o governo apressadamente o impôs como lei, fazendo com que um acordo para unificar a ortografia vigorasse apenas aqui, antes de vigorar em Portugal. O resultado foi uma norma cheia de buracos e defeitos, de eficácia duvidosa. Não sei a quem o acordo interessa de fato. A ortografia brasileira não será igual à portuguesa. Nem mesmo, agora, a ortografia em cada um dos países será unificada, pois a possibilidade de grafias duplas permite inclusive a construção de híbridos. E se os livros brasileiros não entram em Portugal (e vice-versa) não é por conta da ortografia, mas de barreiras burocráticas e problemas de câmbio que tornam os livros ainda mais caros do que já são no país de origem. E duvido que a ortografia seja uma barreira comercial maior do que a sintaxe e o ai-meu-deus da colocação pronominal. Mas o acordo interessa, é claro, a gente poderosa. Ou não teria sido implementado contra tudo e todos. No Brasil, creio que sobretudo interessa às grandes editoras que publicam dicionários e livros de referência, bem como didáticos. Se cada casa brasileira que tem um exemplar do Houaiss, por exemplo, adquirir um novo, dada a obsolescência do que possui, não há dúvida que haverá benefícios comerciais para a editora e para a Fundação Houaiss – Antonio Houaiss, como se sabe, foi um dos idealizadores e o maior negociador do acordo. O mesmo vale para os autores de gramáticas e livros didácticos – entre os quais se encontram também outros entusiastas da nova ortografia. E não é de espantar que tenham sido justamente esses – e não os linguistas e filólogos vinculados à universidade – os que elaboraram o texto e os termos do acordo. Nem vale a pena referir mais uma vez o custo social de tal negócio: treinamento de docentes, obsolescência súbita de material didáctico adquirido pelas famílias, adequação de programas de computador, cursos necessários para aprender as abstrusas regras do hífen e outras miuçalhas. De meu ponto de vista, o acordo só interessa a uns poucos e nada à nação brasileira, como um todo. Já Portugal deu uma prova inequívoca de fraqueza ao se submeter ao interesse localista brasileiro, apesar da oposição muito forte de notáveis intelectuais, que, muito mais do que aqui, argumentaram com brilho contra o texto e os objectivos (ou falta de objectivos legítimos) do acordo.

Stalker

Da inocência

O interessante frufru acerca da pieguice vale não tanto pela animação que trouxe às redes sociais (e também aos corredores da assembleia da república, às redacções dos jornais e aos circuitos dos eternos insatisfeitos só "porque sim"), mas sobretudo por aquilo que revela: uma quantidade significativa de inocentes políticos que dão à costa nestas ocasiões.
O período que vivemos é propício a que pequenas minorias efervescentes capitalizem a insatisfação que grassa em largos sectores da população. Alguns fazem-no esperando por um movimento redentor. São os inocentes políticos. Há-os de dois tipos: os "Billy Budds", inspirados num personagem de um conto de Melville, e os "príncipes Mishkins", baseados no carismático protagonista de "O Idiota", de Dostoievski. Os primeiros são incapazes de reconhecer o mal e a sua complexidade. Sobretudo nos regimes totalitários. Ou seja, onde domina o espectáculo concentrado (Debord) e o poder de sedução dirigido a quem confunde a realidade com as suas representações ideológicas. Mas também passam ao lado dos micro fascismos e dos poderes paralelos que as democracias abrigam.
Por sua vez, os "príncipes mishkins" são dominados por um clima de ordem compassiva. Preenchem um tipo de missionários que reduzem a acção política a um aumento ou diminuição do sofrimento. Reconhecem o mal, quiçá a sua natureza, mas sempre a posteriori. Nunca quando ele se revela e urge denunciá-lo. Alguns exemplos: André Gide, depois do entusiasmo com o regime soviético, acaba por denunciar os crimes de Estaline, em "Retour de l'URSSS"; Noam Chomsky chegou a ser um entusiasta do regime dos khmers vermelhos no Cambodja, até mesmo depois de o mundo inteiro tomar conhecimento do barbárie que ele escondia, vindo depois a retractar-se; Michel Foucault apoiou fervorosamente o novo regime dos aytollahs no Irão, após a deposição do Xá, até o numero de execuções de opositores ser demasiado alto para poder negar a cruel evidência. Para estes inocentes, a lucidez só emerge após a embriaguez do compromisso com a redenção ter passado. Dando assim razão, mesmo fora de tempo, a Santo Agostinho, quando, numa perspectiva moral, vê a queda como uma facto afortunado.
A propósito, cabe citar uma frase de Graham Greene: "a inocência é como um leproso mudo que perdeu o sino que o anuncia e se passeia pelo mundo sem más intenções".

Stalker

Momentos Zen - 65

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Lido

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Da pieguice

Não me surpreende a costumeira indignação dos cry babies saudosos do bom velho agit prop, por causa de uma afirmação de Passos Coelho numa conferência académica acerca da congénita pieguice dos portugueses. Alguns desses portugueses, uns por osmose com catecismos de outros tempos, já em fase de morte assistida, outros por obrigação "revolucionária", outros por ressabiamento, outros porque uma ilusão de que l´air du temps ainda é o seu particular l'air du temps, esganiçaram-se num alvoroço de capoeira contra a recomendação da Passos Coelho. Devo dizer que não me surpreendeu a regulamentar halitosis ideológica propalada pelos chefes da esquerda "revolucionária" com assento parlamentar. No entanto, confesso que a má citação de Camões por Zorrinho, líder parlamentar do PS, me deixou boquiaberto. Seja como for, o 1º ministro acertou em cheio. Juntamente com a inveja, a fome social e o medo da cidadania, a pieguice é um dos sintomas mais graves da degenerescência nacional. Uma coisa é a luta individual, anónima, muitas vezes heróica, de milhões de portugueses, por uma vida digna. Isso é sério e intangível. Outra coisa é a sua caricatura: precisamente a pieguice. Ou seja, o hábito da queixinha, da eterna lamentação, da revolta desperdiçada, do papaguear de catecismos exóticos, decalcados do tempo em que a palavra ainda fundava o poder. Ou seja, um colete de forças letal. Tudo isto enquanto as guitarras tangem e se canta o fado...

domingo, 5 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Bolosfera

No interior da vasta galáxia blogosférica existe o planeta futebol. E dentro deste, o asteróide composto pelos blogues benfiquistas, benficófilos e afins. Alguns deles, e não por acaso, estão listados no sidebar deste blogue, em "SLB files". Embora tendo em comum a mesma paixão clubística, todos têm uma linha editorial diferente: ou mais alinhada com o discurso oficial, ou mais crítica em relação ao mesmo. Há também os outsiders, num registo mais irónico e desprendido, onde a marca identitária é claramente a do autor. Mas há um que é um caso especial. Trata-se do "Religião Nacional". Um espaço cujo autor apresenta como de "Crónicas liberais sobre o futebol português". O subtítulo não engana e, na primeira leitura, confirma-se o seu acerto. Um caso onde a paixão clubística não belisca em nada a lucidez, a clarividência e o rigor. O autor não procura a arrumação politicamente correcta, nem os casos de faca e alguidar do futebol. Mas consegue, paradoxalmente, trazer-nos as visões mais desassombradas, polémicas e descomplexadas. O autor escreve artigos, pequenos ensaios. Fora de causa está o comentário fácil, ou os recados que só a bajulação acomoda. Aqui não cabe a  inveja social e humores ínvios, que muitos transportam clandestinamente para o futebol. E, de forma excelsa, fala-se deste por aquilo que realmente é: um jogo. Mesmo que com implicações políticas, cada vez mais extensas e muitas vezes opacas. Como exemplo, leiam isto.

Stalker

A hora

Não. Fica-te, se queres, a ruminar o que foste. Eu parto ao encontro do que sou, do que já começa a ser, meu descendente e antepassado, meu pai e meu filho, meu semelhante dissemelhante. O homem começa onde morre. Vou ao meu nascimento.

Octavio Paz, "Velho Poema", in "Águia ou Sol", Hiena Editora, 1985 (trad. Rui Rosado)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

6 anos


- O  "Boca de Incêndio" faz hoje 6 anos. Parabéns! O que nos podes adiantar sobre a efeméride?
- Olha, tens aí uns trocos? Isto anda mal! Sobre a efeméride, pois... epá, seis anos, os anos de uma só mão!
- Não me digas que as tuas mãos têm seis dedos?
- Não sejas engraçadinho, ó entrevistadeiro! É claro que têm cinco! O sexto veio de um adiantamento da outra mão.
- Já estou a perder a paciência! Queres dizer alguma coisa sobre a data ou não? 
- O importante é a rosa!... Sobre o blogue, olha, se faz seis anos já está em boa idade para ir desaprender alguma coisinha para a escolinha.
- E então?
- Então, acho que o Facebook fez estragos a sério na blogosfera. Houve quase que uma migração em massa. Eu tenho segurado este pelas pontinhas. Não sei até quando. Até já esteve para acabar... Mas consegui repartir o "mal" pelas aldeias. Em matéria de redes sociais, fica o FB para a notícia e o blogue para o comentário. O primeiro para a autofagia comunicacional e o segundo para as caminhadas onde o fôlego é tudo.
- E projectos?
- Vários. Mas um em especial, de âmbito literário, vai deixar em breve de ser surpresa. Olha, pagas-me um fino e uma sandocha de presunto?

A casa (22)

 Esta noite invoquei todas as potências. Ninguém respondeu. Caminhei ruas, percorri praças. interroguei portas, sondei espelhos. Desertou a minha sombra, abandonaram-me as recordações.

 A memória é um presente que nunca acaba de passar. espreita, colhe-nos de improviso entre as suas mãos de fumo que não soltam.

 
 A água do tempo escorre lentamente neste vazio gretado, cova onde apodrecem todas as palavras hirtas.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Balanxo 2011

Como vem sendo hábito, pelo Ano Novo, o Américo Rodrigues convida uma série de figuras ligadas à Guarda, entre os quais o escriba, para escreverem um balanço da realidade local do ano que passou. Os vários depoimentos são depois publicados no seu blogue, "Café Mondego". Para abreviar o intróito, foi assim que "vi" a Guarda em 2011:

"Um apanhado do que na Guarda se passou no ano transacto tem que ser necessariamente breve. Realmente, não se passou grande coisa. Há anos que não se passa, a bem dizer, nada que suscite a curiosidade ou a comoção do cidadão médio. Neste desiderato, já se sabe e especial relação entre as excepções e a regra. Numa equipa de futebol normal, um treinador dura em média três anos. E sai quer por defenestação ou pelo pórtico da glória. Passado esse período, entra-se na fase da institucionalização, com o seu cortejo de vícios e compromissos. Na Guarda, os treinadores têm uma espécie de bênção vitalícia. Certos interesses instalados têm a caução da eternidade. Criaram, e bem, um pântano cívico, onde a vacuidade e o medo prevalecem. Luzindo na impunidade, a salvo do escrutínio, na adoração de si e dos cúmplices a que dedicaram os seus dias, atingiram a bem aventurança em vida. Os cidadãos estranhos ao círculo são mantidos na periferia, em resultado de uma cautela mansa, habilmente acumulada, que se serve sem servir. Estes têm, digamos, uma utilização decorativa: no todo, com funções legitimadoras, de pretensa higiene democrática, tropas prescindíveis; na parte, sem função alguma.
Por outro lado, o pecadilho da desatenção e um módico de prudência aconselham à brevidade. Impossível passar em revista, sem parcimónia, o que o ano trouxe à cidade. Ou seja, este é um balancete e não um inventário. Para minha tranquilidade e para não tomar ao leitor o seu precioso tempo. Assim sendo:

Para cima:
- Por uma questão de economia de espaço, subscrevo e incluo os activos culturais e cívicos já aqui assinalados.
- O precioso papel desempenhado pelo TMG na criação de uma massa crítica na cidade. O qual não passa só pela programação de espectáculos, como é sabido.
- O funcionamento razoável da ULS e do novo Centro de Saúde.
- A melhoria da rede de transportes urbanos
- As novas áreas comerciais.
- O novo traçado da linha Lusitânia Expresso (Lisboa - Madrid) via Beira Alta, com paragem na Guarda.
- As zonas verdes da cidade.
- O novo Hospital

Para baixo:
- Tudo o que se disse na introdução
- A venda não devidamente explicada do Hotel Turismo.
- Muitos pavimentos em estado lastimável e passeios construídos de forma errática.
- A não solução para o edifício do ex-matadouro e para os antigos Paços do Concelho.
- O pântano em que se tornou o CyberCentro (com a página oficial em manutenção ad aeternum) e as ligações políticas suspeitas da Guarda Digital.
- A fraca mobilização cívica para uma contestação às portagens nas ex SCUT que não passe pelo demagógico e simples “não pagamos”.
- A transferência de serviços para outras bandas e o anunciado fecho da maternidade.
- Os líderes políticos locais e os deputados eleitos pelo círculo.
- O estado deplorável de algumas zonas do Centro Histórico e da Praça Velha em particular.
- A situação preocupante do IPG
- O novo Hospital."