quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Adeus até ao meu regresso...

É verdade, algum dia haveria de chegar este momento. Quatro anos e meio depois de ter surgido, mais mês menos mês, este blogue vai entrar em modo stand by. Mas vamos ter calma. Não é ainda um fim, mas uma pausa para respirar. Não é a maturação de um epílogo, mas uma retirada para reabastecimento. O que significa que, por tempo indeterminado, as actualizações virão a espaços, assegurando os serviços mínimos. Ou seja, sempre que algum assunto público justifique uma tomada de posição. Ou um gesto de solidariedade não possa esperar. Ou a necessidade de um desabafo seja incontornável. Não é por acaso que a mudança ocorre no dia do equinócio de Outono. Ocasião onde os acenos da renovação e do recolhimento são impossíveis de ignorar. Por outro lado, circunstâncias pessoais particularmente difíceis foram a pedra de toque no falso final. Que, não obstante, é sobretudo uma migração, como irão ver. E porquê? A surpresa chama-se "a meia da maratona". Trata-se de um blogue iniciado em Abril, mas que tenho mantido clandestino, ou em fase de testes, digamos assim. Concebido para se tornar um espaço intimista, (de)ambulatório, declaradamente subjectivo. Que recolhe a poesia do quotidiano sem ser poético. E fá-lo-á, assim espero, quer com palavras quer com imagens. Será  então lá, doravante, a esquina da blogosfera onde este vosso criado será mais facilmente encontrado. E pronto, até sempre!...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vindimário


(de 22 de Setembro a 21 de Outubro)

O caminho

Andamos e não chegamos. O andar é tudo: princípio e fim.


Teixeira de Pascoaes, Aforismos

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Stalker

domingo, 12 de setembro de 2010

A choldra não passará

Alguns esquerdalhos enfezaditos, pseudo-cosmopolitas de primeira água, mas que não descortinam para além da vidinha viscosa e das palavras de ordem de encomenda, andam a despejar comentários pretensamente relevantes neste blogue. Para que conste. A rapaziada esforça-se, é justo lembrar. Chega a esguichar um repuxo opinativo inodoro e incolor, por instâncias mais apropriadamente manu militari. Sem a meia ejaculatória do regulamento. Dá pena esta escumalha, arregimentada ao serviço da situação xuxalista-magalhónica. Mamíferos com as orelhinhas baixas para o dono e arrebitadas para o que mexe. Gente que, por um prato de lentilhas, despeja a  escolaridade obrigatória em quem realmente pensa e age sem tutelas. Quem brilha. Quem conhece outras realidades. Quem é livre. Quem preza a pluralidade. Quem está apto para comparar. Esta carneirada mansa e arrogante, à imagem do chefe da licenciatura ao domingo, é a coisa mais destrutiva, ignorante e perigosa que a Nação já teve nas últimas décadas. Que não olha a meios para assegurar os lugares, manter as influências e policiar a dissonância. São os homens do fraque do regime. Claro que aqui não passam. Dói-lhes saber que o seu pretenso progressismo por aqui aparece como um boneco de palha. Dói-lhes perceber que a sua rebeldia de marca nada mais é do que um sinal de submissão. Porque o rebelde que não sabe rir de si próprio facilmente se transforma num autocrata, como bem avisou Lawrence Durrel. Seja como for, esses cidadãos nunca tiveram nem terão aqui lugar. A não ser como bobos da festa. Para isso, voltem sempre!!!

O lirismo

"Que bom senso o do lirismo bucólico! O trágico é um lírico enlouquecido, como o animal é uma árvore a galope."


In "Aforismos",Teixeira de Pascoaes - selecção de M.Cesariny

sexta-feira, 10 de setembro de 2010