sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O Expresso da página 161

Lembram-se daquele jogo em que uma folha de papel vai rodando, dobrada de forma a que cada um possa ler a frase anterior e escreva outra que lhe dê sequência? O processo pode continuar ad aeternum, mas o resultado é surpreendente. Assemelhando-se a um exercício de escrita automática, em que o todo é diferente de qualquer uma das partes. Pois bem, o Rui Bebiano teve a amabilidade de me lançar um repto: participar numa invulgar série de respostas em cadeia. O desafio é o seguinte: que escolha o livro mais próximo, literalmente; que o abra na página 161; que procure e transcreva a 5ª frase completa; que tenha o cuidado de não escolher a melhor frase nem o melhor livro; e que o passe a outros cinco bloggers. Agora, digam lá se uma coisa e outra não se assemelham?
Segui então à risca as instruções. Peguei no livro que repousava em cima da secretária: "Armai-vos Uns aos Outros", de Sérgio Almeida (ed. Deriva, Porto, 2004). No local pretendido, inserida num conto intitulado "Crítica da Ração Pura" - uma boutade a propósito do grande filósofo de Königsberg - encontrei esta pérola: "Há muito que os rudimentares jogos mentais tinham deixado de ser o terreno fértil onde o pensativo miúdo colhia sementes lúdicas que muito o auxiliavam a ter inconsciência plena de si."
E agora, aproveito para lançar o desafio ao Manuel, ao Sérgio e ao Américo.

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