quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Lido

"Como explicou a 12 de Julho, no seu blogue, Menezes atribuiu-se a si próprio a missão de "salvar" este Estado Social, exterminando em Portugal a heresia do "capitalismo selvagem". (...) Não há aqui novidade. Há mais de dez anos que Menezes recenseou os seus inimigos: "sulistas, elitistas e liberais". Nesta lista negra cabe muita gente. (...) inclui os que aspiram a mais do que à mediocridade, ou preferem outro modelo social, assente na iniciativa e responsabilidade dos cidadãos. Se Menezes quisesse criar uma alternativa ao actual Governo precisaria deles. Porque é nas suas aspirações e ideias que estão as melhores razões para uma oposição que pretendesse ser mais do que a mera exploração oportunista e demagógica dos cortes impostos pela viabilização do Estado Social. Menezes julga que confusão com a esquerda o levará longe. Talvez não leve. Vai permitir ao governo, por comparação, fazer figura de esclarecido e respeitável. E se Sócrates fechar menos maternidades nos próximos anos, Menezes arrisca-se a ficar sem assunto, a não ser a guerra doméstica do partido."

Rui Ramos, no "Público" de ontem

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