sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O Dia D

Hoje decorre a assembleia-geral eleitoral na Ordem dos Advogados. No final do dia, saber-se-á quem será o próximo Bastonário e qual a composição dos órgãos dirigentes. Na prática, esta sessão é mais escrutinadora do que eleitoral, pois a maioria dos advogados já terá votado por correspondência, sendo que o voto presencial terá alguma expressão sobretudo nas secções eleitorais de Lisboa e Porto. Ora, tenho acompanhado com relativo distanciamento a campanha eleitoral. Pelo que tenho recebido por email e pelas declarações dos candidatos, as suas propostas são convergentes no essencial. Mas aproximando-se o ponto de focagem, percebe-se que o estilo, o percurso e a base representativa de cada um é profundamente diferente. Garcia Pereira é o candidato "sempre em pé", cuja credibilidade se impõe mais pela tradição do que pela convicção. Magalhães e Silva e Menezes Leitão representam o status quo, a subserviência face aos grandes escritórios de Lisboa e Porto, autênticos hipermercados da advocacia. O único que me chamou a atenção foi António Marinho Pinto. Já tinha acompanhado com interesse a sua campanha nas eleições anteriores. E agora tive o prazer de o conhecer numa pequena sessão-debate nas instalações da delegação local da O.A. A sua acutilância, clarividência e frontalidade, bem como o seu percurso como cidadão e como profissional, foram elementos determinantes na minha escolha. Acredito que se Marinho Pinto triunfar, como as sondagens indicam, escrever-se-á uma nova página na advocacia em Portugal.

Post scriptum: o astrólogo Martelo lá fez o frete ao seu amigo Magalhães, identificando M. P. como o porta-voz dos "perigosos descamisados". Para o Professor,
este ano foi para esquecer, em matéria de profecias.

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