Na minha modesta opinião, "Manual dos Inquisidores" é o último grande livro de Lobo Antunes. O que veio depois assemelha-se, digamos, a um exercício de austeridade monástica para enganar a morte. Refiro-me à ficção, é claro. Pois que as crónicas são outra conversa. É precisamente aí, na incursão ágil e intensa, na concisão fotográfica, que o autor melhor se revela. Mostrando-nos assim o seu portefólio particular ainda "em tosco". Envolvendo-nos numa cumplicidade onde reinam a empatia e a comoção. É por isso que recomendo sem restrições a leitura da sua última crónica, publicada ontem na revista "Visão". Chama-se "Vacilantes rostos do passado" e está aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário