quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Céline (4)

Não se atravessa a "Viagem ao fim da noite" sem passar a pente fino as gralhas da nossa existência. Dito de outro modo, sem tirar a limpo as rasuras no caderno da nossa contabilidade secreta. Um mês e pouco depois de largar amarras para este périplo, cá estou de novo. Bem quis escolher um pedaço da obra para vos presentear. Mas experimentar fazê-lo, foi como tentar retirar uma brasa de uma fogueira crepitante com as mãos. Mesmo assim, à socapa, aqui vai:
"Não somos mais do que um velho cintilar de recordações à esquina de uma rua onde quase ninguém passa". (pág. 432)

NOTA: um amigo descobriu-me há pouco um exemplar do elo perdido na bibliografia de Céline. Há coisas que não têm preço...

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