
Acabei de ler esta obra monumental. Valeu bem a pena, mais pela vastidão das fontes consultadas pelo autor do que pela análise macro dos factos em presença. Mais pelo tratamento minucioso da informação do que pelas teses apresentadas. Como exemplo, Gilbert procura sempre dar um rosto, um nome, aos factos descritos. Sejam eles um acto de heroísmo, ou de barbárie. Deste modo dificultando a intervenção do esquecimento. Tudo isto na melhor tradição anglo-saxónica. No fundo, trata-se de um excelente artigo jornalístico escrito por um excelente historiador. Deixo-vos com dois episódios que não resisti a transcrever:
1º Na véspera de Natal de 1944, com o III Reich já perto do fim e com a frente ocidental às portas do Reno, "os alemães lançaram um ataque final de bombas voadoras V2 contra a Inglaterra. As bombas, além da carga explosiva, continham cartas de prisioneiros de guerra britânicos, que se espalhavam no ar como confetti, na altura em que as bombas rebentavam. 'Querida', dizia numa delas, 'Aqui vai uma carta extra que inesperadamente fomos autorizados a escrever, mandando os nossos votos de Natal." (pág. 806);
2º No início de 1945, desenhava-se o assalto final à Alemanha, estando para breve o encontro das frentes leste e oeste. "Na noite de 15 de Janeiro, Hitler regressou de comboio do seu quartel-general do Ocidente para a Chancelaria do Reich, em Berlim. Enquanto o comboio avançava na direcção da Alemanha, um coronel SS do seu Estado-Maior observou, de maneira a ser ouvido por Hitler: 'Berlim será para nós o quartel-general mais prático; em breve, bastará apanharmos o autocarro para chegarmos da frente Ocidental à Frente Oriental!' Hitler começou a rir" (pág. 815). Após este fugaz momento de humor, desconhece-se o destino do coronel...
1º Na véspera de Natal de 1944, com o III Reich já perto do fim e com a frente ocidental às portas do Reno, "os alemães lançaram um ataque final de bombas voadoras V2 contra a Inglaterra. As bombas, além da carga explosiva, continham cartas de prisioneiros de guerra britânicos, que se espalhavam no ar como confetti, na altura em que as bombas rebentavam. 'Querida', dizia numa delas, 'Aqui vai uma carta extra que inesperadamente fomos autorizados a escrever, mandando os nossos votos de Natal." (pág. 806);
2º No início de 1945, desenhava-se o assalto final à Alemanha, estando para breve o encontro das frentes leste e oeste. "Na noite de 15 de Janeiro, Hitler regressou de comboio do seu quartel-general do Ocidente para a Chancelaria do Reich, em Berlim. Enquanto o comboio avançava na direcção da Alemanha, um coronel SS do seu Estado-Maior observou, de maneira a ser ouvido por Hitler: 'Berlim será para nós o quartel-general mais prático; em breve, bastará apanharmos o autocarro para chegarmos da frente Ocidental à Frente Oriental!' Hitler começou a rir" (pág. 815). Após este fugaz momento de humor, desconhece-se o destino do coronel...
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