quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

FIHANKRA


todos os dias são iguais
e nenhum se parece:

assim
não te mandarei como outrora
um fruto para os teus lábios,
anunciando o breve rumor
dos meus passos
afundando-se na neve.


todos os dias são iguais,
como a pureza, como a morte,
tudo trazem tudo levam:

são partos de luz sem destino nenhum


in "Labirintos"

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